quinta-feira, 28 de novembro de 2013

INTRODUÇÃO




Além da indústria siderúrgica, utiliza-se o produto para a geração de energia.


Carvão Mineral
O carvão mineral é um rocha sedimentar formada do soterramento e da compactação de florestas, ocorridos na era Paleozoica, há milhões de anos. Já em 1880, cerca de 97% da energia usada no mundo era originária desse recurso natural, empregado na geração de energia elétrica e na produção do aço.
Com o início do uso do petróleo, o carvão foi perdendo destaque e, hoje, corresponde a 35% do consumo mundial. Um dos maiores problemas decorrentes do uso desse mineral é a grande quantidade de poluentes liberada na queima.
O Brasil apresenta somente 0,1% do total das reservas mundiais, concentrados na bacia sedimentar do Paraná, nos estados do Sul do país. Em relação á produção, Santa Catarina é responsável por cerca de 61% do total nacional, o Rio Grande do Sul por 36% e o Paraná por apenas 3%.

DESENVOLVIMENTO





Um combustível fóssil muito antigo, o Carvão Mineral foi formado á cerca de 400 milhões de anos e passou a ter grande importância no mercado após a Primeira Revolução Industrial, na Inglaterra durante o século 19.A máquina á vapor passou a ser útil na produção manufatureira, era o início da produção em série.
O carvão mineral é a segunda fonte de energia mais utilizada do mundo, depois do petróleo, sendo responsável por 23,3% da energia consumida no mundo em 2003 e, no Brasil, por 6,6%.
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, formada a partir do soterramento, compactação e elevação de temperatura em depósitos orgânicos de vegetais (celulose). Com o passar do tempo, sucessivamente, a matéria orgânica se transforma em turfa, linhito, hulha e antracito. A principal diferença entre eles é a porcentagem de carbono: a madeira possui cerca de 40% de carbono, a turfa 55%, o linhito 70%, a hulha 80% e o antracito de 90 a 96%.
O carvão é então a parte celulósica da vegetação, transformada pelo tempo, pressão, bactérias e outros agentes anaeróbicos, em uma massa carbonosa. É fácil imaginar as centenas de carvões que foram assim formadas. Sucessivas formações de florestas e sucessivos afundamentos podem Ter ocorrido ao longo de milhares de anos em uma mesma região, e então, camadas e camadas de carvões diferentes serão encontradas.

A matéria vegetal flutuante, pode ainda Ter sido transportada pelos rios e acumuladas no fundo dos lagos ou pântanos mais, ou menos isolados, e, assim, bactérias carboníferas limitadas serão encontradas separadas umas das outras, a profundidades diferentes.

Em outra parte do mesmo território, a fermentação bacteriana encontrou as condições ideais de desenvolvimento em uma floresta soterrada a pouca profundidade, e então, serão encontrados carvões altamente carbonizados, aflorando a céu aberto.

Em outras palavras: o processo químico de carbonização reduz-se a uma maceração dos vegetais sob a água das selvas pantanosas, seguida de uma fermentação anaeróbica em meio hídrico, dos hidratos de carbono, do qual são formados hidrogênio, metano e anidrido carbônico.
Estas substâncias são gasosas e, com a compressão, escapam através dos estratos que soterram os vegetais, enriquecendo a massa carbonosa em carbono sólido, restando pouca matéria volátil. A pureza do carvão em relação a matérias estranhas, depende muito de como a massa original foi composta, misturada, transformada, transportada e depositada.

O processo de fermentação anaeróbica chega a um ponto em que é detido pela formação de ácidos, que são dejetos das bactérias anaeróbicas e que criam um meio anti-séptico. O grau de carbonização portanto, não depende da idade de soterramento dos vegetais e sim do tempo de aparecimento dessa fase anti-séptica inibidora do processo de enriquecimento de carbono, da massa carbonosa.



Formação do carvão
A formação do carvão mineral teve início no Período Carbonífero, na era Paleozóica, quando imensas florestas de ambientes que apresentavam decomposição sem oxigênio (anaeróbicos) - como pântanos, deltas e estuários de rios e alguns lagos, principalmente no que hoje corresponde ao hemisfério norte -, foram soterradas em camadas horizontais (por isso as reservas de carvão são, geralmente, veios horizontais de grande extensão).
As maiores reservas do mundo estão na Rússia (50%) e nos EUA (30%), mas os maiores produtores são a China e os EUA; este último país é também o maior consumidor do minério (25%).

Poluição
Do carvão conhecido no mundo, o Brasil possui apenas 0,1%, e é considerado de baixa qualidade, sendo utilizado, principalmente, em usinas termoelétricas. As principais reservas estão no Sul- Rio Grande do Sul  e Santa Catarina. Em Santa Catarina, na cidade de Tubarão, o carvão mineral é processado e transformado em carvão siderúrgico para atender ás empresas do mercado interno. O transporte ocorre pela estrada de ferro Tereza Cristina até os portos marítimos de Laguna e Imbituba, no mesmo estado. Algumas cidades se destacam como Criciúma, Lauro Müller, Siderópolis e Urussanga como produtoras e/ou vias de escoamento desta produção.
Nos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, ocorre a transformação em carvão energético, que atende ás usinas termelétricas desses estados. Por apresentar um elevado custo de produção e qualidade inferior, quando comparado ao carvão importado, a exploração desse combustível fóssil no Brasil vem diminuindo progressivamente ao longo dos anos. Atualmente o país importa quase todo o carvão usado nas siderúrgicas brasileiras.

O carvão mineral é muito poluidor, pois apresenta substâncias chamadas de sulfetos (como a pirita) que podem reagir quimicamente com o ar ou água (por causa da presença de oxigênio), e forma substâncias como o ácido sulfúrico e sulfato ferroso que vão para o subsolo e para o lençol freático (água subterrânea), contaminando solos, rios e lagos. A queima do carvão também libera substâncias que provocam poluição atmosférica, como fuligem, chuvas ácidas, e ainda contribuem para o efeito estufa. A queima do carvão mineral, para gerar energia, lança no ar partículas sólidas e gases poluentes. Estes gases atuam no processo do efeito estufa e do aquecimento global. Portanto, o carvão mineral não é uma fonte de energia limpa e deveria ser evitada pelo ser humano. Porém, em função de questões econômicas (em algumas regiões do mundo é uma fonte barata), ainda é muito utilizado para gerar energia elétrica em usinas termoelétricas.
Além do gás carbônico, a queima do carvão mineral lança no ar também o gás metano e outras substâncias tóxicas.


IDADE GEOLÓGICA DO CARVÃO



A idade geológica do carvão brasileiro oscila entre 230 e 280 milhões de anos, que segundo estudiosos do assunto, vem da era paleozóica – período carbonífero, que ainda pode ser dividido em duas classes: Mississipiana e Pelsilvaniana. Como a diferença entre os períodos é irrelevante, considerando que a terra tem quatro e meio bilhões de anos, desde a sua origem, pouco importa.




PRODUÇÃO MUNDIAL



A produção mundial de carvão, pouco mudou, ainda em torno de 5 bilhões de ton/ano, sendo que 16 % das reservas conhecidas e oficialmente calculadas, serão consumidas até o ano 2000.

O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de solução para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia faltassem, o carvão sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos métodos até então conhecidos.

Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porem se não surgirem outras soluções será o carvão o combustível fóssil disponível, por isso engenheiros que só sabem lidar com o petróleo, estarão desempregados.

Possivelmente, após o ano 2000, já terão sido adotados processos mais eficientes, de modo geral, as máquinas terão maior rendimento térmico, estarão em uso “células combustíveis”, queima para gases ionizados para MHD, gaseificação, liquefação do carvão, ( a África do Sul já faz ), etc, de modo a aproveitar melhor as reservas remanescentes do século XX.

O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar decisões importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao desenvolvimento de cada país, considerando meio ambiente e saúde do trabalhador na indústria carbonífera, onde o homem aos 50 anos, está com os pulmões forrados de carbono (carvão) pela Pneumoconiose, sem ânimo e sem força para trabalhar, o que significa, falta de equipamentos e métodos de proteção.


RESERVAS DO BRASIL



No Brasil, as principais reservas de carvão mineral estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em ordem decrescente, São Paulo é a menor. Em milhões de toneladas:

Rio Grande do Sul 20.859
Santa Catarina 1.941
Paraná 179
São Paulo 10
Total 22.888
Ultimamente, com a descoberta da jazida da Santa Teresinha – RS, o CRPM registra reservas da ordem de 23 bilhões de ton., porem o Brasil importa anualmente 12 milhões de toneladas de carvão siderúrgico, afora o carvão vegetal usado na redução de ferro gusa, nas siderurgias.